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Índice Glicêmico

Nutricionista Isabela Pimentel

A resposta glicêmica de um alimento pode ser estimada através do Índice Glicêmico (IG).
Tecnicamente, o IG corresponde ao incremento na área abaixo da curva de glicose sanguínea após o consumo de 50g de um carboidrato derivado de um alimento teste dividido pela área abaixo da curva após ingestão de um alimento padrão (pão branco ou glicose) em quantidade similar.
Índice glicêmico é a habilidade do carboidrato em aumentar e/ou influenciar os níveis glicemicos. O teste para se obter o índice glicêmico consiste na ingestão de 50g de carboidrato e realização de 8 testes de glicemia num período de três horas. O padrão de referência para IG é a glicose pura (IG = 100) ou, historicamente, o do pão branco (IG = 137). As diferenças de 10 a 15 unidades podem ser consideradas clinicamente insignificantes e/ou variações inerente ao método de dosagem. Os valores de IG são classificados como baixo ( 70).
Os alimentos de baixo índice glicêmico reduzem a glicemia pós-prandial. Alimentos de alto valor de IG são indicados diante de exercício físico intenso ou em situações de crise de hipoglicemia .
Por não haver essencialmente limitação na digestão de polissacarídeos em glicose, carboidratos complexos não necessariamente apresentam IG mais baixo do que alimentos ricos em açúcares simples. Em geral, produtos com grãos refinados e batatas têm alto índice glicêmico; legumes e grãos não processados apresentam moderado IG e frutas (não ricas em amido) e vegetais, tem baixo IG (ver tabela).
Os estudos com IG começaram por volta de 1980 quando Jenkins et al publicou um artigo que sugeria a utilização do IG como base fisiológica para classificação de alimentos ricos em carboidratos.
Nos dias atuais, vários trabalhos indicam aplicação clínica do IG no diabetes, obesidade, doenças cardiovascular, distúrbios de comportamento e performance de atletas.
De modo geral, os resultados mostram que quanto maior o IG pior é a resposta metabólica, gerando picos hiperglicêmicos e hiperinsulinêmicos. Contudo, esses indícios ainda não formam um consenso à respeito da aplicação desse índice no que se refere à capacidade preventiva ou terapêutica das dietas com baixo índice glicêmico. É fundamental que estudos prospectivos e de longa duração seja realizados para confirmar essa relação.

Fonte: ADA - Report - J.A. D. A - 2002, 102 (1): 109 - 21; Gatenby etal - Diabetic Medicine - 1996, 13: 358 - 64; Alan etal - Clin Nutr - 1998,17:125 - 29.

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